11 de janeiro de 2013

Os psicopatas das pensões

O FMI propõe cortes de mais 15% nas pensões porque diz que os filhos e os netos estão numa situação de desigualdade em relação aos avós. Aparentemente existe desigualdade nos rendimentos disponíveis mas isso deve-se sobretudo ao desemprego que afecta tanto filhos como netos resultante das políticas de austeridade que o próprio FMI propõe. O discurso de que duas coisas, para serem iguais, tem de se cortar a maior até pode parecer socialista mas o FMI só defende esta lógica para justificar cortes aos mais pobres porque em relação às desigualdades entre os ricalhaços que vivem do capital e os trabalhadores e pensionistas usam o discurso do mérito. O mérito é apenas uma falácia com a intenção de esconder o privilégio. O que o FMI não sabe ou não quer saber é que as pensões dos avós sustentam muitos filhos e muitos netos. Um corte adicional de 15% nas pensões não só tira a dignidade a quem trabalhou a vida toda mas destrói todo e qualquer mecanismo de solidariedade familiar. Carlos Moedas sorri e revela a face psicopática do neoliberalismo. O ódio aos pobres. A vontade de acabar com a pobreza pela via do genocídio.

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